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Troço a Troço

Descrição Sucinta da Rota da Terra Fria

A definição de percursos ou itinerários é um expediente artificioso que permite, com grande economia de tempo e de esforço, uma visão mais organizada e um conhecimento mais circunstanciado de uma região. E maior ainda quando a diferença e a variedade são notas fundamentais que animam a paisagem e que alimentam a curiosidade pelos costumes e tradições tão próprios e específicos de cada localidade. É aqui que este portal assume o seu papel de cicerone mudo, propondo percursos previamente racionalizados, mas abrindo caminho à descoberta, à intuição, à afinidade.

A Rota da Terra Fria recomenda um traçado viário de quatrocentos e cinquenta e cinco quilómetros, tendo tido o cuidado de o definir tomando em consideração a maior comodidade para um percurso abrangente dos cinco concelhos de Bragança, Miranda do Douro, Mogadouro, Vimioso e Vinhais, que demonstrasse a riquíssima variação da paisagem, integrando tudo o que de melhor se pode oferecer. E o que não estiver à vista, está ao alcance – o prazer, a curiosidade e o espírito de aventura lá o conduzirão. 

O tempo de percurso fica ao critério de quem o faça. Se aceitar, porém, as sugestões que lhe fazemos para conhecer melhor a forma como o íncola se ajusta à natureza e a forma como esta lhe retribui, aí gastará o tempo que quiser, que uma vida inteira vivida por perto pode nem ser suficiente para entender a grandeza de alma da gente de Trás-os-Montes. 

Se iniciar a Rota em Quintanilha, mera sugestão tão válida como outra qualquer, entra na porta mais próxima da fronteira internacional e conhecerá os vales superiores do Maçãs e do Angueira, com breve passagem na vila de Vimioso. 

No segundo troço, o mais curto da série, percorre a bacia de apanhamento do Angueira, onde o planalto de Miranda se esgota nos primeiros contrafortes da serra de Culebra. 

No que se lhe segue vai contornar a Terra de Miranda, com uma aventurosa aproximação às cristas escarpadas do Douro. E terá o privilégio de conhecer a cidade de Miranda do Douro. 

No quarto troço, partindo de Sendim, irá contemplar a barragem da Bemposta e as margens abruptas do rio Douro, conhecer testemunhos ancestrais, como o castro de Vilarinho dos Galegos, culminando na bonita vila de Mogadouro. 

No quinto troço fará o carrossel dos flúvios e interflúvios que alimentam o Douro, do Angueira ao Sabor e ao Azibo. Se o tempo for propício sentirá alguns aromas da Terra Quente. O azeite e as cerejas não andam longe.

No sexto troço é o território, por excelência, da oliveira, até à subida ao planalto, em Serapicos, onde já domina o castanheiro. 

No sétimo troço terá sempre presente a serra de Nogueira e os seus extensos cobertos de carvalho negral. Tem aqui a melhor oportunidade de fazer um desvio à cidade de Bragança. 

No oitavo troço corta o vale do Tuela e visita Vinhais e o seu fumeiro.

No décimo percorrerá a meia-encosta da serra de Montesinho até à mítica aldeia de Rio de Onor. 

E no último, fará o planalto de Deilão, descendo a Lombada até ao ponto de partida. 

O traçado da Rota da Terra Fria constitui um percurso orientado para uma mobilidade fácil, cómoda e segura numa abrangência integral do território que a motiva, facilitando a acessibilidade quer aos lugares por ele atravessados, quer a outros lugares na sua proximidade que despertem a curiosidade e o interesse de quem o percorrer. 

O acesso ao circuito da Rota estabelece-se em “Portas”, definidas pelos aglomerados criteriosamente selecionados, nos pontos de interseção com os itinerários, provenientes das diversas origens, que atravessam o território da Terra Fria do Nordeste Transmontano.