As construções de apoio às atividades agropastoris, são estruturas de facies primitivas, de perfil arcaizante. As cabanas, cabanhas ou canhiças são abrigos móveis dos pastores às quais se associam os respetivos chequeiros, currais ou quadrados, constituídos por uma vedação de grades (caniças ou canhiças), colocados no campo, nos quais se encerram as ovelhas e as cabras e se estruma a terra. A cabana é constituída por uma grade ou esteira retangular, plana ou ligeiramente encurvada, revestida a colmo, que se apoia no solo. Destinava-se a resguardar o pastor do vento, do frio e da chuva, que se deita sobre palhas de restolho, de colmo ou giesta, tendo como cabeceira um saco de palha e uma manta para se cobrir. No inverno o pastor fazia o chocador para aquecer os pés (espécie de braseiro, em fossa escavada no solo, na qual era colocada uma pedra no fundo e se mantêm as brasas, rodeada por paus espetados configurando um cone coberto por uma manta).
Por vezes o pastor utilizava as capas das fragas, abrigos sob pala formados pelos rochedos e fragas, situados nas imediações do chequeiro (redil), que vedava com pedras, paus e scobas, deixando apenas um pequeno buraco. Assim criava pequenos abrigos, designados como chibiteiros, onde colocava os chibitos ou chibicos nas primeiras semanas de vida, abrigados e protegidos de predadores. As progenitoras eram levadas até ao chibiteiro para amamentar as crias, que até aos dois meses de idade não conseguem acompanhar o rebanho.
Existem outras tipologias de abrigos para ovicaprinos, designadamente os chocos, os currales e as curriças.
Outro tipo de pequenas construções corresponde aos abrigos de pedra e em falsa cúpula, designados como casulhos, casotas ou casicas. São construções rudimentares, que não servem de habitação permanente, mas servem de guarida face a condições climatéricas adversas.