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Localização e Acessibilidades
A Região da Terra Fria do Nordeste Transmontano (TFT) abrange cinco dos doze concelhos do distrito de Bragança – Bragança, Miranda do Douro, Mogadouro, Vimioso e Vinhais – que constituem a sub-região representada pela Associação de Municípios da Terra Fria do Nordeste Transmontano.
A região confronta a norte e nascente com as Regiões Autónomas da Galiza e de León e Castilla, da vizinha Espanha, quer por raia seca nos desenvolvimentos longitudinais, quer pelos cursos do Douro e do Maçãs, em alternância, nos latitudinais. A sul confronta com os concelhos de Mirandela, Macedo de Cavaleiros, Alfândega da Fé, Torre de Moncorvo e Freixo de Espada à Cinta. A poente confronta com os concelhos de Chaves e Valpaços.
O posicionamento geográfico e a complexidade física do território condicionam a rede interna de acessibilidades, mas propiciam a articulação das redes viárias nacionais de Portugal e Espanha, encurtando as distâncias desta região aos centros de decisão e aos mercados externos. Os últimos anos foram marcados por um forte investimento na melhoria das acessibilidades interna e externa da TFT, com especial destaque para a construção da Autoestrada A4 e do Itinerário Complementar IC5. Deste modo foi possível diminuir o tempo de viagem entre Bragança e os grandes centros urbanos de Porto e Lisboa.
Ao referir as acessibilidades, dever-se-ão focar as diversas infraestruturas que servem o espaço territorial ou que o influenciam, contando-se, neste caso, os aeródromos de Bragança e de Mogadouro e as infraestruturas rodo e ferroviárias.
Os aeródromos de Bragança e de Mogadouro constituem as únicas infraestruturas aeronáuticas na região da TFT. No entanto, para voos nacionais, internacionais e transporte de carga, os aeroportos mais próximos são o Dr. Francisco Sá Carneiro, no Porto e os aeroportos de Vigo, de Santiago de Compostela, de León e Valladolid em Espanha.
Relativamente ao transporte ferroviário, o território a norte da fronteira com a TFT é atravessado pelo canal ferroviário da Rede Espanhola de Comboios de Alta Velocidade, na ligação Corunha-Madrid. Este canal constitui um importante acréscimo de acessibilidade a toda a região do nordeste transmontano e, em especial, da TFT, que pode usufruir de um transporte rápido de ligação ao Espaço Europeu Comunitário.
No que se refere ao enquadramento rodoviário, a TFT localiza-se no centro do triângulo formado pelas principais vias de comunicação do quadrante noroeste da Península Ibérica em que os vértices são a Corunha, Aveiro e Tordesilhas: autoestradas A9 (Espanha) e A3, A1 e A25 (Portugal) – eixo Corunha-Aveiro; autoestrada A6 (Espanha) – eixo Corunha-Madrid; autoestradas A25 (Portugal) e A6 (Espanha) na ligação de Aveiro a Vilar Formoso com continuidade para Salamanca e Tordesilhas onde interceta a A6 (Espanha) – eixo Aveiro-Tordesilhas.
O interior do triângulo referido é atravessado por importantes vias. Em Espanha salienta-se a A52 - autoestrada das Rias Baixas e no território nacional a autoestrada A4 (ligação este-oeste), o Itinerário Complementar IC5, que garante uma melhor acessibilidade aos concelhos de Mogadouro e Miranda do Douro, e o Itinerário Principal IP2 (eixo interior norte-sul).
Estas vias, são os mais importantes eixos de serviço do interior norte de Portugal. Contudo, pelas ligações que estabelecem e pelas que procuram estabelecer com a rede espanhola, consubstanciam o principal acesso ao resto da Europa.
Também com grande operacionalidade regional, se registam a N103, que estabelece ligação a Chaves e a N218, a N221, a N316 e a N317, todas incluídas na Rede Nacional de Estradas.
N103 – Chaves (IP3) - Vinhais - Bragança
N218 – Carção - Vimioso - Miranda do Douro
N221 – Miranda do Douro – Mogadouro - Guarda
N316 – Vinhais - Macedo de Cavaleiros (A4)
N317 – Podence (A4) - Vinhais - Izeda - Santulhão -
Carção (N218)
Classificadas na Rede Regional, propriamente dita, o Nordeste Transmontano é servido pelas seguintes estradas:
R206 – Vila Pouca de Aguiar (IC5) - Valpaços - Bouça - Bragança
R218 – Quintanilha (A4) - Outeiro - Argozelo - Carção
R219 – Vimioso (N218) - Algoso - Mogadouro
R315 – Rebordelo (N103) - Mirandela - Alfândega da Fé
No que se refere a acessibilidades locais, observa-se que as sedes de concelho dos cinco municípios da TFT, encontram-se interligadas por uma rede de estradas nacionais e regionais classificadas no PRN 2000 (N103, R219, N218 e N221) que, apoiada também no eixo da A4 Bragança a Quintanilha, constitui um percurso contínuo que interliga as sedes dos cinco municípios da TFT e que se impõe como eixo de ligação longitudinal e “espinha dorsal” da região. É neste eixo que entroncam, por vezes cruzando, os restantes eixos rodoviários que servem o território, quer se trate da rede nacional/regional de estradas, quer da rede municipal subdividida em Estradas e Caminhos Municipais.
Os transportes rodoviários constituem o sistema de transporte com maior impacto para a população residente e o mais utilizado nas suas deslocações.
A recente melhoria da capacidade e nível de serviço das infraestruturas rodoviárias, fruto da continuidade da implementação dos sucessivos planos rodoviários de nível nacional, tem contribuído para a crescente apetência por este tipo de transportes, nomeadamente no que se refere a ligações de longo curso/transportes internacionais, quer se trate de transporte de mercadorias, quer de passageiros.
A mobilidade através de transportes públicos de passageiros no interior dos concelhos, importante para a população residente, resulta da articulação modal dos transportes coletivos de passageiros/carreiras e os táxis/carros de aluguer.
Para além do contributo dos transportes intermunicipais no apoio à mobilidade interna dos municípios, a cobertura de transportes coletivos resulta da combinação de transportes de características e utilizadores-alvo específicos. Assim, as ligações internas dos concelhos resultam do somatório dos transportes escolares, que apoiam também a população residente e dos transportes diários locais, que estabelecem a ligação entre as sedes de freguesia e quase sempre a respetiva sede de concelho.
Em Bragança, salienta-se a importância do Serviço dos Transportes Urbanos de Bragança (STUB) com carreiras regulares para as aldeias envolventes da Cidade.
A alternativa ao transporte coletivo que não abrange todas as localidades da região, é o táxi/carro de aluguer. A sua distribuição espacial é relativamente uniforme nos cinco concelhos. Dum modo geral, em cada localidade existe apenas um ou dois táxis, aumentando nas sedes de concelho e nas freguesias com maior número de habitantes, como Sendim, Izeda, Argozelo, Carção e Rebordelo.